Seguros

Vulnerabilidade de atividades industriais cresceu nos últimos anos, enquanto companhias do ramo financeiro chegaram em um grau maior de maturidade

Há poucos anos, a maioria dos cibercriminosos era motivado por um ataque ideológico. A modernização das empresas que transferiram parcialmente ou totalmente suas operações para o modelo digital, além daquelas que já nasceram nesse ambiente, mudou a dinâmica dos invasores. Agora, a principal motivação é o princípio econômico. O tema sobre insegurança cibernética foi abordado no Insurtech Brasil 2024, evento de inovação em seguros que aconteceu nesta quarta-feira, 3, em São Paulo.

No painel “Cyber Insurance: segurança digital e seguros cibernéticos”, o Chief Underwriting Officer da Latú Seguros, Daniel Lamboy lembrou que 43% das invasões tem como objetivo introduzir um malware (código malicioso). Roubar informações confidenciais e usar o computador da vítima para rodar campanhas também são práticas comuns, segundo o executivo. “Atualmente, a maioria dos ataques é motivado por razões econômicas”, observou.

Nesse contexto, as companhias estão sendo cada vez mais impactadas por ataques dessa natureza. Lamboy lembrou que a insegurança cibernética é o quarto maior risco percebido pelas empresas que estão na internet e, por isso, a busca por proteções cresceu nos últimos anos. “É um segmento de seguros com crescimento médio anual de 58%. Não existe um produto neste segmento com esse resultado”, constatou. 

Sendo o ramo que mais cresce no mercado segurador, os novos segurados precisam cada vez mais de apoio para avaliar os riscos do seu negócio. Logo, o executivo definiu-os em quatro fases:

• Evitar: se você tem uma empresa no ambiente digital, será impossível evitar os riscos;
• Mitigar: instalar ferramenta de segurança, inserir senhas complexas, autenticação de dois fatores, etc.;
• Transferir: uma outra entidade assume o risco do seu negócio;
• Assumir: conhecer os riscos e contratar um seguro para mitigá-lo. 

Em suma, o seguro cibernético cobre os custos que a empresa vítima do ataque vai ter para se recuperar, além das despesas legais se a empresa for responsabilizada pelo vazamento de dados dos seus clientes. Com a ascensão dessa proteção no Brasil, mais seguradoras estão interessadas em incluir a proteção em seu portfólio. “O gap de conhecimento em relação ao seguro diminuiu bastante, democratizando cada vez mais o seu acesso”, concluiu Lamboy.

A 7ª edição do Insurtech Brasil conta com apoio da TransUnion, Vindi, CSD BR, Sompo Seguros, .add, Guy Carpenter, FF Seguros, Conversu, Lina, Sensedia, Split Risk, Lefosse, Alper, Evertec + Sinqia, 180 Seguros, Guru Spoc, Pier, Suthub, Guidewire, Capgemini, Poupz, Izzidata e Smash Gift Cards.

A CSD BR, registradora participante do SRO, será patrocinadora do Insurtech Brasil pela primeira vez. O evento, reconhecido por reunir inovações e tendências do mercado de seguros, será palco para a CSD BR expor suas soluções avançadas em registro de seguros do projeto SRO (Sistema de Registro de Operações), destacando a importância e os benefícios desta iniciativa para o mercado.       

Participante ativa no projeto SRO

Além de patrocinar o evento, a CSD BR também terá um papel ativo em um Painel de Discussão sobre o SRO, onde compartilhará sua jornada com o projeto, enfatizando a relevância para o setor. “Estamos comprometidos em mostrar ao mercado não só a importância do SRO, mas também como nossa solução e esforços de melhoria contínua estão moldando o futuro do registro de seguros, especialmente quando falamos de segurança de dados. Nesse sentido, estar presente na Insurtech Brasil é uma maneira de levar o compromisso da CSD BR a mais participantes do mercado.” afirma Edivar Queiroz, presidente da registradora.

A empresa, que iniciou suas operações em 2020 após receber autorizações de órgãos reguladores como BCB, CVM e SUSEP, foi a primeira registradora a obter autorização para o registro de apólices de seguro no projeto SRO. Com investidores de peso como Santander, BTG e CBOE (Bolsa de Chicago), a CSD BR demonstra solidez e confiança no mercado.

Trazendo uma plataforma simples e flexível, a registradora tem uma proposta de valor focada na segurança de dados, conforme afirma o CTO Daniel Polano: “Nossa tecnologia contempla uma alta capacidade de processamento e foco nas necessidades do mercado, que são requisitos fundamentais para oferecer uma solução eficiente e segura. E, sempre reforçando o compromisso da CSD BR de não comercializar os dados estratégicos das seguradoras, protegendo suas tábuas atuariais.”

Quebra de monopólio

A CSD BR é fundamental para a quebra do monopólio de registro e para a segurança do mercado de seguros. A concentração de serviços críticos em uma única entidade representa um risco significativo, como vulnerabilidade a ataques cibernéticos e falta de segurança dos dados. A CSD BR contrapõe essa concentração, trazendo uma infraestrutura segura e resiliente para o registro de apólices de seguros.